No espaço entre o fim e um novo começo.
A verdade é que nenhuma dor é eterna, assim como nenhum amor, contrariando a certeza que carregamos no auge dos vinte e poucos. É só o amor acabar que a dor se inicia, e assim perdura até que outro amor apareça trazendo um alívio quase imediato. E a gente esquece, como se nunca tivesse se machucado antes. Volta a sonhar acordado, a escutar músicas e a lembrar do sorriso, a sentir um cheiro e lembrar do calor da pele do outro. E um dia acaba de novo, e a dor volta, mais forte e latejante. E então um dia a dor passa, sem outro amor chegar, cansada de tanto insistir. E você percebe o quão importante são as pausas que a vida dá de vez em quando. É o momento de plantar, de investir na sua felicidade, nos seus sonhos, de aprender algo novo, de aprender a ser livre. E poucos realmente são livres. A maioria das pessoas estão acorrentadas ao passado, com alguma dor que ainda lateja, ou alguma ferida que ainda não cicatrizou, e é por isso que há tantos feridos soltos por aí, ferindo e