Limitação, não só física.
Eu não tenho o direito de estar decepcionada, mas confesso que estou. Esperava que fosse diferente. Minhas esperas sempre tão equivocadas. Não quero tocar no assunto, mas sempre acabo lembrando. Ainda preciso rodar alguns quilômetros a mais para que possa ter lembranças apenas minhas. Porque a dor já me acompanha há tanto tempo que já me acostumei. Faz parte de mim. Eu e ela, sempre juntas, quase ninguém percebe vendo o meu sorriso, mas se olhar nos meus olhos verá todo o estrago que faz. Apegar-se à ela é esperançoso, serve como desculpa para muitas coisas: olha, hoje não posso, vou acariciar a minha dor até que ela durma, e assim me deixe descansar um pouco também . Se uma dor anula a outra, por que continua doendo tanto? Se é assim que tem que ser, por que estou aqui parada? A mão quebrada me fez encarar os fatos, a vida e tantas outras coisas que eu estava fingindo não ver. O que os olhos não veem o coração não sente. Mentira, sente sim! Não adianta se esconder, construir uma