É hora de dizer tchau.
Que bom que a espera finalmente terminou.
Durante os primeiros dias eu esperei. Eu esperei no primeiro mês. Eu esperei todas as horas dos finais de semana que se seguiram. Esperei uma luz, uma dica, um sinal, qualquer coisa que pudesse me levar de volta. E nunca veio. E acabou. Foi bem ruim dizer adeus pra você, mas o enterro do que eu sentia foi muito mais longo e triste. Eu esperei, sem falar para ninguém, mas sabendo que ao olhar para o céu, do lugar que você estivesse, você se lembraria de tudo que havia sido dito, e de que nunca foi inventado uma só palavra. Foi a minha história, e foi igual a tantas outras, que nem sei se merece ser contada. Foi linda no início, e eu acreditei nela até o final. Histórias bonitas também acabam, uma hora ou outra. Confesso que como eu a criei, mesmo não sendo perfeita, estava de bom tamanho. Demorei muito tempo para entender que a vida queria que eu escrevesse histórias maiores, com outros enredos e finais diferentes. Eu não queria encerrar, mas era necessário. Voltei para a minha bolha, me enfiei nela durante meses, expulsando qualquer um que tentasse uma aproximação mais invasiva. Não queria mais me machucar. Não queria mais sofrer. Não queria mais criar expectativas e elas se desmancharem no parágrafo seguinte. Mas o problema é que eu gosto de histórias. Então eu precisava de novas histórias, e mesmo existindo uma parte de mim querendo muito viver o novo, mais da metade relutava em sair dali. Mas eu saí e a espera finalmente acabou. Eu guardei tudo numa caixinha e escondi tudo no fundo do meu armário, talvez eu jogue fora amanhã. Eu só queria terminar dizendo que foi legal todo o aprendizado, mas que o mundo me chama agora para viver e contar outro tipo de história. Talvez um dia a gente se encontre, talvez nunca mais. Não importa.
Acabou.
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