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Mostrando postagens de novembro, 2013

Medo

Eu tenho medo. É uma coisa que martela me alertando para não entrar nessa. Uma luz piscando, dizendo que esse frio na barriga pode se transformar em uma montanha-russa de verdade. Se ao menos você pudesse ler o meu olhar e entender que o que eu digo vai muito além do que eu falo. Eu me fechei, e estou assim há muito tempo, fica difícil deixar alguém entrar. E mesmo com o calor que faz lá fora, aqui dentro está tudo frio e congelando. É que na última vez, fiquei com tanta raiva que joguei os remos fora e voltei nadando cachorrinho. E não adianta você me dizer que é diferente dos outros, eu não acredito mais nisso, ainda mais olhando para o seu olhar de caçador. É quase uma guerra, estou me preparando para lutar novamente, carrego as minhas armas e munições, torcendo para que dessa vez eu consiga me defender direito e garantir a vitória. Meu inimigo não é você. A batalha se passa aqui dentro e todos os meus soldadinhos de chumbo já partiram dessa pra melhor. Mudo de ideia co

Disposta

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King of Anything by Sara Bareilles on Grooveshark A rotina é sempre a mesma, tudo feito de maneira semi-automática, acorda, banho, café, trabalho, trabalho, trabalho, almoço, livro, trabalho, trabalho, trabalho, casa, pernas pro ar, respiro fundo, um ar de paz.  No final de semana a rotina se altera, e para alguém tão apegada ao fixo, até dá um ar de aventura. Sair, sem rumo, vento na cara, acompanhada da alma, encontrar sorrisos, olhares, risadas, chegar com a lua de companhia, caminha, quentinha.  A vida tem um cheiro de coisa nova no ar, algum cheiro que provavelmente a remeta há algum passado, talvez dos mais passados, de adolescência. O sorriso vem mais aberto, mais sincero, a cabeça mais baixa, o coração mais fechado. Lá dentro é um lugar inabitado, não quer companhia. A companhia é lá fora, é pra passar a hora, pra não passar batida pela vida, sem ter feito o que era de se esperar. No fundo é sempre um labirinto, sempre tem um bom conselho, uma boa históri

Segue em frente.

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O arrependimento não mata justamente para ensinar que oportunidades perdidas não voltam mais. Nos meus trinta anos de estrada, poucas vezes me arrependi, faço mais o tipo que tenta e depois desiste. Eu diria que a minha teimosia taurina as vezes até me faz tentar por mais tempo que deveria, mas também é minha característica, depois de desistir, não olhar mais para trás. Meu caminho é para frente e sem retornos, justamente para me lembrar de que não fui criada para isso (frase muito usada pela minha mãe).  Não quero e nem penso em voltar para o lugar de onde eu vim. Apesar de ter alguns dias ruins, os dias bons, a paz e a tranquilidade que carrego agora me dão o aval de seguir sem arrependimentos, sem olhar para trás e a certeza de que fiz a escolha certa. Quem vive de passado é museu, ou gremista, e como não sou nenhuma das duas coisas, só posso viver de presente e batalhar pelo meu futuro. E, se nem no meu presente tenho espaço sobrando para algumas pessoas, quem dirá no

Um pouco de verdade em um mundo de ilusões.

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Fuckin' Perfect by Pink on Grooveshark Desculpa meu desabafo. Desculpa minha total falta de esperanças. Quando a gente acredita que as coisas podem melhorar, o mundo nos mostra que talvez isso esteja longe demais de acontecer realmente. Balada cheia de pessoas vazias, de homens que não sabem se vestir, de mulheres que esqueceram suas saias em casa, de gente interessada em dinheiro, em status, em ser o que não é de jeito nenhum - e que deixam isso transparecer.  Estou ficando velha, me desculpe, tenho outras prioridades e já não acho graça estar num catálogo esperando ser escolhida. Não quero ser escolhida por nenhum desses que frequentam essas baladas de playboy, que chegam para conversar falando que viajam pelo Brasil todo, que conhecem os melhores restaurantes. E aí? Está aqui sozinho como todo mundo, e essa é a maior prova de que dinheiro não torna ninguém interessante, não compra companhia e não te torna mais bonito.  Sinto que não faço parte desse mundo. Sinto, que ta