Um pouco de verdade em um mundo de ilusões.
Desculpa meu desabafo. Desculpa minha total falta de esperanças. Quando a gente acredita que as coisas podem melhorar, o mundo nos mostra que talvez isso esteja longe demais de acontecer realmente. Balada cheia de pessoas vazias, de homens que não sabem se vestir, de mulheres que esqueceram suas saias em casa, de gente interessada em dinheiro, em status, em ser o que não é de jeito nenhum - e que deixam isso transparecer.
Estou ficando velha, me desculpe, tenho outras prioridades e já não acho graça estar num catálogo esperando ser escolhida. Não quero ser escolhida por nenhum desses que frequentam essas baladas de playboy, que chegam para conversar falando que viajam pelo Brasil todo, que conhecem os melhores restaurantes. E aí? Está aqui sozinho como todo mundo, e essa é a maior prova de que dinheiro não torna ninguém interessante, não compra companhia e não te torna mais bonito.
Sinto que não faço parte desse mundo. Sinto, que talvez, as experiências de vida que eu tive tornaram-me mais exigente, mais seletiva, não é qualquer um que merece minha atenção, meu tempo e minha companhia. E deve ser esse o motivo do choro de hoje. Esse vazio que entra em mim cada vez que vou pra noite e que descubro que não é lá que vou encontrar o que procuro, seja lá o que for aquilo que estou a procurar.
Eu já tive sonhos, eu já fiz planos, eu já acreditei que seria para sempre, mas nunca é. Talvez eu tenha perdido a vontade de acreditar de novo, e talvez eu não me sinta mais a vontade para iniciar uma conversa com alguém que não tenha nada a me acrescentar. Hoje eu choro, por tudo que acreditei e não acredito mais, por todas as vezes que achei que tinha o mundo aos meus pés, e por perceber que nunca temos nada realmente aos nossos pés.
Palavras o vento leva. Não só palavras, planos, ideais, sonhos, pessoas. Me sinto vazia. Não sei se vai passar, mas queria realmente acreditar que um dia eu vou acordar e a vida vai ser colorida, de um jeito que nunca foi. Talvez eu volte acreditar, mas não será hoje e, para ser sincera, duvido que seja em breve.
Fechei as portas, definitivamente, preciso de um balanço geral!
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