Olha o sol - texto escrito em fevereiro/13
Quanto mortos-vivos por aí, morrendo de amor, escondendo o que sentem, escondendo quem são? Quantos se protegendo de novos ataques, munidos até os dentes, construindo fortes e levantando barreiras? Fingindo que o tempo é algo tão concreto que pode ser tocado, ou que a dor é tão ilusória que não pode ser sentida? Quantos fingindo sorrisos amarelos, disfarçando corações destroçados? Quantos ainda insistem na bondade, mesmo sabendo que o caminho percorrido por ela é sempre o mais complicado? Eu sou do tipo que não desisto, que até posso levantar alguns muros, e sorrir amarelo de vez em quando, mas que sempre acredito que tudo há de seguir por um caminho mais calmo, um caminho mais sereno e que no fim só teremos que bater palma para aquilo que fomos. Que valha a pena todas as renúncias, todas as escolhas, mesmo aquelas que julgamos erradas. Que no final de tudo, a gente ainda possa olhar para trás e fazer tudo do mesmo jeito. Uma hora a vida te cobra o acerto de contas, e nunca é o julgamento final. Apenas temos que acertar as coisas com o passado, perdoar os nossos erros, seguir andando e sempre esperar que o melhor aconteça. Tudo está exatamente onde deveria estar, essa é a minha nova lei. Veio acompanhada de uma serenidade quase absurda, de tão atípica em mim, mas ao mesmo tempo é o equilíbrio que busquei a minha vida toda. Quem sabe de mim sou eu, quais são minhas dores, meus amores, meus dissabores, não tenho porque me explicar, quem quiser entender, fique a vontade, sou bem fácil de ler. Mas se tiver preguiça de ler, pode ir, não tenho tempo a perder. Meus passos podem ser lentos mas sabem bem aonde querem chegar. Eu já escolhi, já sei o que quero, estou caminhando devagar, porque me sinto mais segura assim, não tenho pressa para chegar, nem tenho hora marcada.
Hoje está nublado, mas o sol está brilhando muito. Vai entender?!
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