Até quando der.

Dá pra sentir saudades apenas das coisas que foram boas? Dá pra esquecer tudo aquilo que não foi? Dá pra cutucar uma ferida sem sangrar? Dá pra revirar o passado sem sentir mágoa? Dá pra saber se vou sentir tudo de novo? Dá pra saber se falta muito?
Infelizmente (ou não), algumas coisas são imprevisíveis, e é humanamente impossível tentar interceptar os próximos passos. Eu, ansiosa que sou, quero tudo contado e explicado, mil vezes se possível, porque não gosto de surpresas e não quero ser pega despreparada.
O tempo tem custado a passar, e quanto mais lento, mais sofrido. É como se eu estivesse sentada num banco em uma avenida super movimentada. A vida acontecendo, as pessoas passando, algumas apressadas, algumas correndo, outras num passo mais lento, carros buzinando, pessoas gritando, xingando, reclamando, cantarolando. Mas todas indo ou vindo. Talvez a única que esteja parada seja eu. Parada no tempo. Parada no banco. Parada procurando. Parada esperando. Parada estratégica. Talvez por preguiça de caminhar. Talvez por ter os pés calejados de tanto andar.
Cansei de ser nômade, cansei de ser tua e estou começando a cansar de esperar. Acho que vou ficar nesse banco até cansar de descansar.
Ou cansar de procurar.
Tanto faz.
Tanto fez.
Já cansei.
Fui...

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