Um retalho de prazer!


As vezes é bom mudar de rumo, mudar os locais frequentados, as praias preferidas, as ruas que já conhecem os nossos passos. As vezes é bom sair do jeito avesso mesmo, andar sem rumo, deixar o vento bater e a chuva cair. Sem medo, de peito aberto, deixando que molhe e que leve o que é ruim. Aos poucos as coisas vão se acomodando, o respirar fica mais tranquilo e os sentimentos se ampliam, não são unicamente direcionados para um objeto específico, e sim para tudo que se olhe. Uma simples passada na locadora se torna um joguete de sedução. E o seduzir virou um jogo interessante, desde que não acabe em conquista. O número de amigos se multiplica a cada dia, e você conversa com mais gente do que conversou nos últimos anos. Um reencontro com o pessoal das antigas, aqueles que preenchiam os teus dias, aqueles que te faziam rir, aqueles que te faziam sentir-se normal, mas sem nunca esquecer os que faziam se sentir louca. Até a loucura é bem vinda. Uma hora santa, noutra pecadora. Duas personalidades, um corpo que padece, não sabe se corre ou se fica. Mas vai, mesmo que as vezes seja no tranco, vai. Os passos firmados em terra, o olhar firmado no céu, o barulho do mar que transforma qualquer agito em um ir e vir incessante, mas sempre fluindo. O dia virando noite e a lua já brilhando no céu. Prenúncio de que a vida é um ciclo, tudo que acaba, acaba para que algo novo possa nascer. E os brotinhos, todos, estão começando a aparecer para me dar o respiro que precisava. Nem feliz, nem triste. Tentando equilibrar, tentando dançar conforme a música, tentando aproveitar a paisagem. Só vou...

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