Sentada e cansada.
Sigo esperando a surpresa, mas ela nunca vem, e tudo é tão previsível. Bastaria virar as costas, deixar tudo que é velho para trás, encarar o novo e viver aquilo que a vida pode ainda me oferecer. Segundas chances foram feitas para serem desperdiçadas, isso todo mundo já sabe. Não vai chegar, não vai bastar, não vai satisfazer e já estou prevendo o futuro a longo prazo. Vai acabar a validade, encerrar as vendas, vai sair de linha e vai ficar esquecido na prateleira. A vida nem sempre é justa, mas as vezes ela joga do meu lado também. Não conte vantagem antes do jogo terminar, antes de eu colocar todas as minhas cartas na mesa, mesmo aquelas que insistem em ficar escondidas na minha manga. Ops, sou mulher, sou inteligente, sou jogadora também, e detesto ser subestimada. Nem sei porque insisto naquilo que parece óbvio que nasceu torto. Mera curiosidade e birra infantil, misturadas com o lado cruel que toda criança tem. Também sou cruel e também posso cortar, a diferença é que mesmo sabendo do rasgo que eu faria, mesmo assim ainda escolho costurar e fazer o curativo. Prefiro ajudar do que atrapalhar, prefiro amar do que odiar, prefiro ser do que aparentar ser. Meus discursos se perderam no meio da minha sala, eu perdi o ânimo para gritar e fazer aquele auê de sempre. Não estou nessa vibe. Quero o que me faz sorrir, quero o esforço em me manter interessada. Eu tenho perdido a concentração rápido. Será que Ritalina® resolveria neste caso? Descrente de quase tudo, subindo o muro mais um pouco, estou fazendo a minha fortaleza e o rei ficou do lado de fora. Pois é, nem tudo é perfeito nessa vida. Mas no final tudo fica bem! E como sempre digo, o que importa é que eu esteja bem! Primeiro eu, segundo eu, terceiro eu e depois disso, se eu ainda tiver um tempinho sobrando, os outros...
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