Ignora que passa...


Nada Não by Bebel Gilberto on Grooveshark
Ignora que passa, era o que a minha mãe dizia quando eu dava muita atenção a alguma coisa que me incomodava, ou quando eu tinha algum pesadelo ou dor aguda. 
E não é que dá certo. Ignora que passa
Sabe aquele ex chato que aproveita toda e qualquer situação para se fazer presente, mesmo estando no quinquagésimo nono relacionamento depois de você? Ignora que passa. 
Sabe aquela pessoa que insiste em abrir a boca e falar coisas desnecessárias em tons hostis? Ignora que passa. 
Sabe aquele cara no trânsito que te fecha ou que não aprendeu a ligar a seta? Ignora que passa...
E assim eu vivo ignorando as coisas que não quero saber, ver, ouvir. Se é certo ou errado, tanto faz, contanto que me faça bem. E, depois de uma certa prática, a gente vai descobrindo que muitas coisas que incomodavam e faziam perder noites de sono, hoje causam até bocejo, se bobear eu deito e durmo. Sambar na cara de alguém? Não, eu prefiro e preciso mesmo é dormir. 
Quantas vezes gastei energia com pessoas ou situações que nem mereciam?
Quantos gritos e besteiras ditas para pessoas que hoje não lembram nem qual é a cor do meu olho ou que timbre tem a minha voz?
Quanto tempo perdido em relações que só existiram para mim?
A vida tem o dom de nos fazer crescer, por bem ou por mal. A minha, já disse e repito, tem um jeito todo especial de me tratar. Faz com que eu entenda o que é preciso entender no tempo necessário. Nem mais e nem menos. Não guardo arrependimento algum, nem do que fui antes e nem do que sou agora, porque de alguma maneira mágica, consegui ser muito melhor do que esperava. 
Para 2015 eu quero um amor bem grande, muito maior e melhor do que todos que tive até agora, além do amor próprio que conquistei e não largarei nunca mais. E se você acha que estou sonhando alto, eu assinarei embaixo, mas não deixarei de acreditar que em algum lugar do mundo existe um destinatário para tudo isso que carrego no peito. Por mais que eu tenha chorado, sofrido, toda a dor de amor é boa. É a mesma coisa que eu digo sobre sexo: até quando é ruim é bom. 
Bora viver, que em 2015 é só isso que eu quero. Cada suspiro que me enche de vida, cada abraço apertado que me aperta e me ata para sempre, cada sorriso torto que me coloca no caminho certo. Quero tudo que me pertence por direito, e só vou brigar por isso de agora em diante. Porque se existe uma teimosia que nunca morre dentro de mim é essa de ser feliz a todo o custo.
Beijinho no ombro pro recalque passar bem longe nesse ano... Aqui ser feliz é lei!

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