Deixa chover!

E a semana passou voando, e a sexta-feira chegou chegando. Velocidade média 120km/h, sem parar, nem pra pensar. Talvez assim seja até melhor. Entre tudo de novo, ainda alguma coisa me incomoda. Incomoda menos, mas ainda atrita bem em cima do meu joelho ralado. Ralado esse, conquistado no último mergulho mal sucedido. E se quer saber, me joguei, mergulhei, pulei fora e agora estou aqui tomando fôlego, sem saber se o que eu respiro é o ar ou se é a vida. 
Entre tudo o que restou, ainda tem um pilar ali que resiste bravamente, talvez sustentado pelo meu excesso de teimosia. Quisera eu ser assim tão empenhada em outras áreas da minha vida. De verdade nem eu sei, nem contra o que luto e nem quem eu sou no final disso tudo. A batalha sempre é mais longa do que posso imaginar. 
Entre um cigarro e outro imagino e não é ruim. Mas o caminho novo também não é, e agora me parece mais tentador que nunca. E assim a vida vai me conduzindo, num balé acelerado, rodopiando feito doida e sem tempo de respirar. Um pouco enjoada, um pouco assustada, bastante perdida. De um a dez, uns mil eu diria. 
A verdade é que a gente quer ser amado pelo que é, e todo o resto é tão fugaz. Começa e termina com tanta rapidez que nem dá tempo de piscar, mais rápido que o vento só que mais pesado que um soco. A destruição é iminente, ou do pilar, ou do prédio inteiro. Qualquer alternativa me fará melhor, agora não tenho mais medo de mudar. Pior é quem passa essa vida imaginando quem poderia ter sido. Sou todas que posso e ainda assim sou única. 


É só a leve brisa que antecede o temporal. Deixa que chova!


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