Retrospectiva 2013

O ano começou bonito em janeiro, mas eu estava mais perdida que cego em tiroteio. Não conseguia pensar no próximo passo sem tremer a base toda. Não via nem luz e nem fim do túnel, tudo era escuro, tudo era assombrador. 
Em fevereiro o carnaval chegou mudando os meus ares, trazendo gente que eu gosto para perto, me levando para lugares que ainda não conhecia, consegui me encontrar e descobri que é melhor não contar vantagem antes da hora. Exibi, sorri, colori, e acabei caindo na mesma cilada de sempre, maldito choro, maldito coração que que insiste em acreditar nas pessoas. 
Março foi punk, quando eu já não tinha mais esperanças, consegui um emprego, conheci muita gente bacana, fiz algumas festas que merecem ser esquecidas, tamanha a ressaca moral no dia seguinte. E mais uma vez, quando eu já estava de pé, resolvi dar uns dois ou três passos para trás, só pra ver o que iria acontecer.
De abril a agosto, os meses foram longos e tortuosos, um infinito de altos e baixos (mais baixos do que nunca), um misto de: o que eu estou fazendo aqui de novo? - com eu já sei aonde isso vai terminar! E terminou, para a nossa alegria. Livres, depois de tanto tempo presos. Estendi as asas e o primeiro voo foi abençoado, o mais lindo da minha vida. 
Setembro foi perfeito, o início da primavera fez todos os meus sorrisos florirem, me trouxe novas amizades e algumas flores, foi o início de um bom plantio. 
Outubro, adoro, foi o melhor dos meses, foi ali que parei de olhar para trás como uma criança que perdeu seu melhor brinquedo, e percebi que todos os novos brinquedos estavam aguardando por mim. Tive bons abraços, bons amigos, noites incríveis e o início de uma paz que custou a chegar, mas chegou.
Novembro, ainda teve alguns percalços, mas teve reencontro, teve tanto abraço e tanta risada que tornou todo o resto pequeno. Foi o mês que revi pessoas que eu não via há tempos, foi o mês que senti cheiros que eu não sentia há tempos, foi o mês de algumas borboletas no estômago mas os pés bem cravados no chão.
Dezembro, mês mais lindo, de resultados incríveis, que trouxe o verão, a praia, amigos parecidos comigo, tequila, cerveja e muita história para contar. Trouxe o natal solitário, mas com promessas de um ano novo incrível.

Foi, sem sombra de dúvidas, o ano mais turbulento da minha vida, mas até com as turbulências eu aprendi a fazer o meu melhor voo. Desenterrei o melhor dos meus sorrisos e grudei na minha cara. Percebi que quando se gosta, não precisa fazer esforço, e descobri que quem gosta, gosta exatamente do jeito que sou. Ser eu mesma não é, e nunca foi motivo para ter vergonha, aliás, com tanta gente torta nesse mundo, descobri que ainda é melhor ser eu mesma de um jeito imperfeito do que ser perfeitamente igual a outra pessoa torta. 
Que venha 2014, que traga felicidade para quem precisa, justiça para quem deve, alívio para quem sofre e vôos mais lindos para quem ousa continuar sonhando com um futuro bem melhor!


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