"...quero saber, entre todas aquelas que eu sou, quem é a chefe, quem manda dentro de mim."
Boa noite fantasmas!!!
Acabei não indo para casa (leia-se casa dos meus pais), devido a problemas gerados por despertadores confusos e noites perturbadas...
Acordei inchada as 7:40 (o ônibus saía as 7:30) e liguei pro meu pai, que deve ter ficado uma fera comigo, pois já deve ser o 4º final de semana seguido que digo que vou, e no final acabo não indo...
Definitivamente, estou no meu inferno astral desde o começo do ano... Nunca estive tão instável... Minha vida está literalmente uma montanha-russa, quando penso que não vou ter mais nenhuma surpresa, aparece uma curva inesperada ou então uma descida daquelas que dão frio na barriga e que fazem a gente ter a sensação, mesmo que por poucos milésimos de segundos, que estamos flutuando...
"A liberdade é atraente quando existe como promessa, mas nos enlouquece quando se cumpre."
Tudo bem, concordo que água parada dá dengue, mas não consigo me acostumar com este turbilhão de sentimentos e pensamentos que me invadem sem pedir permissão. Ainda mais para mim, que sou extremamente ansiosa, nossa, é uma espécie de "liquidificador", fico desorientada, perco o sono, fumo feito uma turca e tenho vontade de sumir de 5 em 5 minutos...
No começo desse ano, resolvi fazer terapia, óbvio que não durou mais do que 4 sessões, pq eu sempre queria saber quando a mulher ia me ajudar com os meus problemas, mas ela nunca me dizia nada, ficava lá parada, me ouvindo, e no final dizia: é, acho que tu ainda tem muitas questões a serem descutidas, tu as guardou durante muito tempo, semana que vem conversaremos mais.... Não é a toa que não voltei mais lá... Porém, em uma das sessões, ela me disse uma coisa que é verdade, que não gosto de me comprometer... O que me remeteu a um passado, não muito distante, quando uma pessoa que eu gosto muito me disse que eu vivia numa bolha, e que essa bolha fazia com que eu tivesse a falsa impressão de estar protegida das pessoas me magoarem...
Resumindo, repensei sobre a história da bolha, e resolvi que não queria mais viver assim, comecei a deixar as pessoas se aproximarem de mim sem ficar com medo de ser machucada de novo...
Ok, no começo foi incrível, foi como se eu estivesse começando a viver de novo, e pode até parecer melancólico, ou bobo, mas foi exatamente isso que eu senti, como se tudo fosse novidade, como se fosse a primeira vez... Daí, passado alguns meses do afastamento da bolha, voltei a ter sentimentos bem familiares... E ontem pensei, "pqp, maldita hora que afastei a bolha, deveria ter continuado dentro dela, protegida, amparada, e não estaria passando por tudo isso..."
Mas enfim, viver é assim mesmo, as vezes se faz necessário correr alguns riscos, e já que tomei a decisão de sair da bolha, agora não posso mais voltar atrás... O que me faz lembrar de uma passagem do livro Divã da Martha Medeiros:
"... Talvez eu esteja com receio de ter ido longe demais desta vez e esteja preparando a minha defesa, caso alguma coisa não saia como o esperado. O que eu espero? Não espero nada, espero tudo, estou à deriva nessa aventura. Eu queria cristalizar esse momento da minha vida, mas estou em alta velocidade, e não sei se quero ir adiante, só que eu não tenho opção. Acho que é isso. Eu tinha opções, agora não tenho. Não consigo parar esse trem..."
E assim termino esse longo depoimento (que me faz lembrar daquela musiquinha e dos finais da novela Páginas da Vida hahahahahahahahaha)....
Beijos meus fantasmas queridos....
Lili.......vou repetir vc não só escrevendo, mas mesmo pessoalmente é nota 10000.......se cuida Martha Medeiros, vc como farmacêutica é ótima escritora,rs.....
ResponderExcluirTe amo migaaaaaaaaaa