Dos 12 aos 28...

Preciso Me Encontrar by Marisa Monte on Grooveshark


Aos 12, aprendi que não é porque um cara não gosta de ti, que ele não presta. Aos 13, descobri que amizades são amizades e romances costumam estragar amizades. Aos 14 foi a época de dar um tempo, de pedir um tempo, de gostar de todos e na verdade não gostar de ninguém. Aos 15 descobri o platônico, que o feio pode ser belo, depende do ângulo que a gente repara. Aos 16, descobri que um beijo pode me fazer perder a cabeça e abrir as pernas, mas que isso pode não significar nada. Aos 17, descobri a liberdade, que beijar vários também era uma atividade divertida. Aos 18 me apaixonei, e descobri que nem sempre o cara que te traz doces é o que vai te levar pra cama e realizar os teus desejos. Talvez ele seja apenas algum amigo, com alguns beijos na boca e algumas mãos em locais impróprios. Aos 19 descobri que rostos angelicais escondem pessoas malvadas, que sorriem na sua frente e que te apontam quando você passa no outro lado da rua, e mesmo que você não perceba, talvez isso mude totalmente a forma com que você se relaciona com os outros no mundo. Aos 20, finalmente um homem de verdade (será?), que me leva pra cama e me come meia boca com um par de meias velhas e furadas, descubro que sexo nem sempre é super bom, e que homens bonitos muitas vezes não passam disso. Ainda nos 20, descubro que o bom é sofrer, que gostar de quem gosta da gente, nos leva a namoros longos e chatos, com o final que todo mundo já conhece, e eu sou muito nova para tudo isso, e assim deixo passar alguns que era pra namorar.  Aos 22 descubro que homens comprometidos são mais fáceis de lidar, busco um com namorada longe, e depois ela vira minha colega na faculdade, e descobri que o destino costuma ser muito irônico. Aos 24 descobri que meninos de 18 podem falar muito e fazer muito mais. Ao final dos 25, quando já não queria mais nada com ninguém, encontrei o cara com quem me casei e descobri o que era amar, o que era companheirismo, o que era chorar, o que era ciúmes, o que era decepção e o que era confiar novamente. A diferença, é que continuo aprendendo e perdoando. Faz parte do pacote, nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas sempre aprendendo a jogar.

Beijo na bunda e até segunda!

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