Antes o atrito que o contrato
Fazendo jus ao nome do blog, começo a subir a montanha-russa de novo. Bem devagar, fazendo a maior barulheira de ferro se batendo (poderia chamar de armadura?), criando a maior tensão. Não quero calcular quanto tempo falta até chegar aqueles três milissegundos de completa paz, exatamente antes de despencar e aumentar a velocidade e aí perder o controle de absolutamente tudo.
Não lembro a primeira vez que andei de montanha-russa, mas sempre foi o meu favorito. A sensação de flutuar, ou perder o estômago, ou frio na barriga é a melhor sensação que existe. Nunca andava uma única vez, sempre queria repetir.
E cá estou eu, sentadinha no carrinho, ouvindo a barulheira e de quebra aproveitando a paisagem. Quanto tempo vou subir? Não faço nem ideia, mas sinceramente, estou nem aí.
"Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas...
Amoras silvestres
No passeio público
Amores secretos
Debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem
Não posso parar"
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