Disposta
A rotina é sempre a mesma, tudo feito de maneira semi-automática, acorda, banho, café, trabalho, trabalho, trabalho, almoço, livro, trabalho, trabalho, trabalho, casa, pernas pro ar, respiro fundo, um ar de paz.
No final de semana a rotina se altera, e para alguém tão apegada ao fixo, até dá um ar de aventura. Sair, sem rumo, vento na cara, acompanhada da alma, encontrar sorrisos, olhares, risadas, chegar com a lua de companhia, caminha, quentinha.
A vida tem um cheiro de coisa nova no ar, algum cheiro que provavelmente a remeta há algum passado, talvez dos mais passados, de adolescência. O sorriso vem mais aberto, mais sincero, a cabeça mais baixa, o coração mais fechado. Lá dentro é um lugar inabitado, não quer companhia. A companhia é lá fora, é pra passar a hora, pra não passar batida pela vida, sem ter feito o que era de se esperar.
No fundo é sempre um labirinto, sempre tem um bom conselho, uma boa história e algumas fotos para lembrar. O fundo, talvez não tenha fundo, e de tão fundo seja realmente assustador. Na veia, correndo depressa, sede de vida, curiosidade, mas dessa vez sem pressa.
Assim, como num dia de sol, com os pés na areia, a água lavando os pés (e também a alma), descobre-se profunda, inteira, ensolarada, cheia de vida. Jamais antes sentida. É o verão chegando, e trazendo o calor do aconchego de alguns abraços.
Que texto lindo! Grande e iluminado abraço pra vc!
ResponderExcluirGostei!
ResponderExcluirTe amo...