Antigamente...
Antigamente não tinha internet, então a gente escrevia cartas, usava o telefone. Hoje em dia quase ninguém mais tem fixo, naquela época ninguém tinha celular. Computador então era artigo de luxo, fui ter o primeiro em casa com 13 anos, e não tinha internet. Internet também era artigo de luxo, discada, gastava muito telefone, tinha que ter um discador (uol, terra, clickrbs - as vezes o CD vinha no jornal de domingo). Melhor era entrar depois da meia noite, contava um pulso só. Icq, "o óu". Antigamente se usava muito telegrama, geralmente para notícias trágicas, pêsames, assuntos breves: chego em 3 dias. As vezes chegava antes do telegrama. Aliás, minha irmã namorava por telegrama: Eu te amo, ela mandava, ele respondia - Eu te amo muito mais. E isso era o ápice das notícias rápidas, quase como ouvir ao pé do ouvido. A primeira vez que falei eu te amo, foi por "msn". Ao vivo não, eu só era sentimental no computador. É, dizem que a internet afastou as pessoas, ainda existem àqueles que espraguejam e imploram as cartas e os telegramas de volta. A espera. Nada além da espera, e somente porque é dela que nasce a expectativa, o friozinho na barriga (hoje chamado de borboletas). E nessa hora, o que funciona é a nossa imaginação, onde tudo costuma ser perfeito, muito diferente da realidade. Não era melhor, era perfeito (embora falso). Muito mudou em pouco tempo. Eu, como sou filha da tecnologia, adoro tudo que é "pra frentex". Facebook então, é a minha roda de amigos em um único lugar, posso curtir, comentar, rir, lembrar das tragicomédias que vivi com cada um deles, me leva para perto daqueles que fizeram parte da minha história, mesmo que o tempo tenha nos afastado.
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