Misturando
Hoje acordei estranha, li algumas coisas, um pouco de Clarice Lispector, um pouco de Caio Fernando Abreu, um pouco aqui, um pouco ali... Juntei tudo e fiz um texto... E ficou assim...
Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada. Daqui a pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor chegue mais perto.
Sou como você me vê, posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar. O medo sempre me guiou para o que eu quero. E porque eu quero, temo. Muitas vezes foi o medo que me tomou pela mão e me levou. O medo me leva ao perigo. E tudo o que eu amo é arriscado. Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica de mim em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro.
Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo. Tenho um sorriso confiante que às vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele. Sou inconstante e imprevisível. Não gosto de rotina. E amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas.
Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu sou feita de tão pouca coisa e meu equilíbrio é tão frágil, que eu preciso de um excesso de segurança para me sentir mais ou menos segura.
Sou tão misteriosa que não me entendo. Sou um coração batendo no mundo. É tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros. A partir do momento em que você vê, mesmo involuntariamente, você está perdido: as coisas não voltarão a ser mais as mesmas e você próprio já não será o mesmo.
O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo.
...o que os outros recebem de mim reflete-se então de volta para mim, e forma a atmosfera que se chama: EU...
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. A única verdade é que vivo. Sinceramente, vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais.
Não se preocupe em entender, viver ultrapassa todo o entendimento.
E nesse silêncio profundo, se esconde minha imensa vontade de gritar!
Beijossss
Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada. Daqui a pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor chegue mais perto.
Sou como você me vê, posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar. O medo sempre me guiou para o que eu quero. E porque eu quero, temo. Muitas vezes foi o medo que me tomou pela mão e me levou. O medo me leva ao perigo. E tudo o que eu amo é arriscado. Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica de mim em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro.
Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo. Tenho um sorriso confiante que às vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele. Sou inconstante e imprevisível. Não gosto de rotina. E amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas.
Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu sou feita de tão pouca coisa e meu equilíbrio é tão frágil, que eu preciso de um excesso de segurança para me sentir mais ou menos segura.
Sou tão misteriosa que não me entendo. Sou um coração batendo no mundo. É tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros. A partir do momento em que você vê, mesmo involuntariamente, você está perdido: as coisas não voltarão a ser mais as mesmas e você próprio já não será o mesmo.
O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo.
...o que os outros recebem de mim reflete-se então de volta para mim, e forma a atmosfera que se chama: EU...
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. A única verdade é que vivo. Sinceramente, vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais.
Não se preocupe em entender, viver ultrapassa todo o entendimento.
E nesse silêncio profundo, se esconde minha imensa vontade de gritar!
Beijossss
Se o que escreveu for apenas uma parte de você, concluo então que nada sei de mim.
ResponderExcluirViver, e simplesmente viver.
Gostei do post Lili.
Bjokas
É. Tá me faltando alguem me responder as minhas ^^
ResponderExcluirEu gostei do teu texto, Ficou muito bom. =)
;*
Lili,
ResponderExcluirBeijos de Londres
Dan
www.sembolso.blogspot.com
Gostei. Sou tudo isso também.
ResponderExcluirObrigada por comentar no meu blog, volte sempre.
Bacana. Complexo. Pessoas são complexas.
ResponderExcluir=o)